CAMPEÃO ; Um título merecido para o Corinthians;

ADAURY VELOSO ; Esquema eficaz de marcação e conjunto levaram o time paulista a uma conquista inquestionável, mesmo sem muitas estrela ;  O Corinthians, de Fábio Carille, levanta o título brasileiro com três rodadas de antecedência. O sétimo da história do clube e, talvez, o menos surpreendente. Desde as primeiras rodadas da competição, o alvinegro paulista, mesmo sem estrelas, exibia um algo mais que não era visto nos concorrentes. Marcação eficaz, velocidade nos contra-ataques, alternativas de saída de bola, de troca de passes, jogadas variadas.

Em outros títulos, era possível atribuir a conquista aos craques que povoavam o clube. Houve a Era Edilson, Marcelinho e Rincón. Num passado recente, havia Danilo, Guerrero, Emerson. Agora, temos Jô, Arana, Fagner, Rodriguinho, Clayson. Mas dificilmente um deles poderá ser considerado A ESTRELA da companhia.

O título veio pela eficácia do futebol coletivo, o profissionalismo dos jogadores, o foco na conquista jogo a jogo. Muitos méritos para o jovem treinador Fábio Carille. Se há uma lição a colher desta campanha vitoriosa do Corinthians essa lição é antiga, muito antiga, mas atualíssima: um bom time começa com um bom goleiro e uma boa defesa.

E os números mostram que, neste aspecto, o campeão brasileiro mereceu o título. Apenas 24 gols sofridos em 35 partidas, média de 0,68. E 48 tentos marcados no mesmo número de jogos, média de 1,37. Ou seja, para cada gol marcado, o time de Carille fez dois na campanha até a vitória sobre o Fluminense. E, neste jogo, mostrou uma característica que ainda era questionada pelos críticos, a de que só jogava nos contra-ataques.

Sofreu um gol aos 2 minutos de partida. Passou o primeiro tempo martelando o rival carioca, mas não conseguiu. No início do segundo, em poucos minutos, virou o placar. O gol de Jadson, já no finalzinho, selou a vitória. Outras chances ainda foram perdidas. Contra o Flu, o Corinthians exibiu seu repertório de jogadas, tanto de troca de passes para abrir a defesa adversária, quando nas bolas cruzadas para o centroavante.

O título, sem dúvidas, está em boas mãos.

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