ADAURY VELOSO ;

Treinador considerou que resultado foi justo e lamentou gol perdido por Augusto ainda na primeira etapa ;

Em uma partida de muita pegada e pouca inspiração, o Santa acabou empatando com o Náutico neste sábado (15), na Arena de Pernambuco. Tendo a chance da partida nos pés de Augusto ainda no primeiro tempo, e um bom volume na reta final da partida, o técnico Givanildo Oliveira não gostou do resultado. Apesar de reconhecer a igualdade das equipes, o comandante coral esperava uma vitória. 

“Nós tivemos um volume maior no fim do jogo, mas a melhor chance de gol foi no primeiro tempo com Augusto e eles tiveram uma cabeçada que Julio foi buscar. Foi uma partida igual, quando chega clássico não tem isso de favorito. Não é para comemorar, não se celebra empate. Não tem isso de fora, jogando em Recife. O jogo passado foi uma vitória, esse não. Estávamos lá apertando até o fim. O ideal tem que ser a vitória e existe a conta da Série B, a cada 15 pontos, é preciso somar 11 para subir. Eu conheço”, garantiu.

Questionado por não colocar Bruno Paulo em campo, Giva explicou que o atleta ainda não está no condicionamento ideal para o jogo. A opção por Júlio Sheik, que destoou com a postura de contra-ataques velozes, aconteceu por necessidade. “O Bruno Paulo só fez recreativo, não poderia ir para jogo. Ele foi para a concentração para completar o número. Só tive uma conversa, perguntei se ele estava em condições e ele não jogo há muito tempo, professor“, contou.

De acordo com o técnico, o Santa ainda irá buscar outros reforços, mas as limitações financeiras atrapalham as negociações. “Estamos analisando, estive reunido com o presidente e conversamos, mas está difícil contratar. Eu não quero trazer só para fazer número; a parte financeira pesa, o Santa não tem condições de tomar jogadores de outras equipes, vamos com calma”, afirmou.

Quanto ao gramado, que foi alvo das críticas de alguns atletas na saída do jogo, Givanildo preferiu falar da situação que tem no Arruda. “Prejudicou o Santa, mas foi ruim para o Náutico também. A Série B melhorou muito, tem viagens longa, às vezes não tem onde treinar. Fomos de quatro da manhã para pegar uma viagem de mais quatro horas de ônibus. Agora faz parte da profissão. Se for para reclamar é comigo mesmo, ainda mais gramado. Eu estou chateado com o do Arruda que não podemos treinar. O técnico precisa de um bom local de treino e o time, um melhor ainda”, comentou.

E reclamou da situação em que se encontram os gramados no interior de Pernambuco. “Aqui mesmo, o Estadual tem cada gramado que deveria ser proibido. A federação tem que barrar antes mesmo do Campeonato começar. O gramado é a ferramenta de trabalho, precisa ter boas condições. Joguei aqui ano passado, estava um tapete, agora está desse jeito”, finalizou.