Roberto se mostra descrente com permanência do Náutico na Série B ;

ADAURY VELOSO ;

Após a virada sofrida em casa, para o Paysandu, na noite desta terça-feira (7), fica difícil condenar aquele torcedor que não quis comparecer a Arena de Pernambuco. Mesmo restando chances matemáticas, a permanência na Série B é algo que beira o impossível, palavras do próprio treinador alvirrubro.

“Como matematicamente, há possibilidade, não posso cravar. Mas por situação de competição, se tornou praticamente impossível. Em uma reta final de competição, nem o Internacional consegue as vitórias seguidas. É uma performance muito grande para o momento da equipe. Se a matemática nos permite, vamos jogar para vencer como foi desde que cheguei. É muito difícil vencer os quatro jogos e quatro equipes não somarem pontos”, disse Roberto Fernandes.

Tendo começado criando oportunidades claras de abrir o placar, o Náutico parece ter se perdido em campo com o gol sofrido ainda aos 19 do primeiro tempo. O comandante crê que pesou de tudo um pouco, a técnica, tática, emoção e o desgaste após um clássico pegado até os acréscimos.

“Se hoje fosse o dia, a gente resolvia o jogo com 10 minutos. É um resultado muito complicado e nosso grupo chegou no limite e a cobrança agora beira a crueldade. O grupo teve um crescimento, basta ver que no segundo turno, tivemos um aproveitamento de meio de tabela. Era preciso estar em G4. Só essa posição nos salvaria do rebaixamento. Só deixa as chances matemáticas e passa a ser algo muito improvável. Vamos continuar trabalhando. Porém, hoje topamos em todas as questões, partes física, técnica, tática, emocional”, destacou.

Diante de um público inferior aos três mil presentes, Roberto destaca que a situação da equipe no campeonato dá razão ao desapego dos torcedores. “Não fiquei frustrado, mas tudo tem que ser proporcional. Eu procurei fazer o que estava ao alcance para dar espírito ao grupo e extrair o seu melhor. O CT estava lotado de placas de ‘eu acredito’, até elogio quem teve a iniciativa, mas nem o torcedor acreditava mais. A gente conhece o perfil do torcedor alvirrubro que é exigente e sofrido, pelos vários anos de frustrações. Isso muda até o perfil dele”, afirmou o técnico.

É inevitável questionar o treinador se o clube já pensa em 2018. Afinal, já no início de janeiro, o Timbu encara o Itabaiana-SE em uma verdadeira decisão para saber quem irá jogar a Copa do Nordeste. Mesmo assim, o técnico prefere não pular etapas, por assim dizer. “Dentro de momento, a diretoria já vem fazendo isso. Não dá para atropelar, enquanto dentro de uma competição não se pode tomar decisões nesse sentido. Porém, pela situação de momento, o processo deve ter o início acelerado”, contou Roberto Fernandes.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *