ADAURY VELOSO ;

A saída de Ney Franco do Sport foi a primeira de algumas mudanças que o clube pretende fazer para mergulhar no segundo semestre da temporada. Após reforços trazidos não vingarem em sua maioria, o presidente leonino admite que chegadas e saídas fazem parte do planejamento. Evita, no entanto, tratar o novo cenário com a alcunha de reformulação e ainda aguarda a escolha do novo nome para comandar o time como uma condição para disparar essas modificações.    No primeiro semestre que contou com dois treinadores, a diretoria do Sport acertou a contratação de sete peças. A intenção era ser cirúrgico. Prezar pela qualidade em vez da quantidade. Até agora, porém, apenas o lateral esquerdo Mena e o atacante André, que custou mais de R$ 5 milhões aos cofres na transação mais cara da história leonina, são titulares. Com exceção do lateral direito Raul Prata, um reserva constantemente acionado e com desempenho elogiado pela torcida, os demais não vingaram.

Fazem parte dessa lista o volante Rodrigo e os atacantes Leandro Pereira, Marquinhos e Paulo Henrique. Esse último com contrato a vencer no fim do mês e que não deve renovar seu vínculo. Todos apresentaram baixo desempenho durante os jogos. Marquinhos e Leandro Pereira ainda sofreram com lesões.

Nesse cenário, já para a segunda parte da temporada, o clube acertou com os zagueiros Neris e Igor Ribeiro além do atacante Osvaldo e o volante Anselmo. Aguarda ainda o fim do contrato do meia-atacante Thomás com o Santa Cruz para integrá-lo ao elenco. Outros reforços também devem aportar na Ilha do Retiro, provocando a saída de outros jogadores.

“Reformulação é uma palavra muito difícil, muito forte. Até porque o nosso elenco, inclusive, é reduzido. Aproximadamente, 45% do elenco é de atletas advindos da base. O que nós precisamos é reforçar o grupo, complementar algumas posições que temos carência. Isso já vínhamos fazendo independente de resultado”, disse o presidente Arnaldo Barros. “Sempre é possível que alguém saia e que alguém chegue, mas longe de se utilizar o termo com propriedade”, acrescentou.

Novo técnico ajuda a definir rumos

O gestor ainda acrescenta que o acerto com o novo técnico será fundamental para definir os próximos passos. “A prudência aconselha que nós trabalhemos em equipe e é assim que nós fazemos. Nós vamos primeiro definir essa questão do treinador e depois vamos apresentar o que nós já temos caminhado, prospectado para aquilo que nós entendemos como necessidade do grupo.”