ADAURY VELOSO =
Tricolor jogou mal, sequer arriscou à meta adversária, mas saiu com o resultado tão esperado: a classificação para a segunda fase da competição;
Foi um jogo abaixo da altura esperada pelo duelo. O fato é que o Santa Cruz, em um empate sem gols, fez um jogo improdutivo diante do Operário de Várzea Grande, pela 1ª fase da Copa do Brasil, na Arena Pantanal. E, apesar do desempenho longe do ideal, mesmo assim foi suficiente para se classificar à segunda fase da competição. Enquanto o Operário ficou no caminho, o Santa Cruz avançou. E com R$ 650 mil a mais de premiação.
O Tricolor espera agora a definição do adversário na segunda fase da Copa do Brasil. Se Rondonópolis-MT ou Atlético-GO, cujas equipes jogarão nesta quinta-feira. Mas os pernambucanos terão tempo – e bolso cheio – para pensar nisso.
O jogo
Pelo caráter decisivo do jogo, o técnico Itamar Schülle apostou na experiência do meia Didira, e fez o que vinha sendo ventilado durante toda a semana antes do duelo. No lugar de Jeremias, Didira foi acionado entre os titulares para começar o confronto – mesmo o jogador reconhecendo não estar apto para jogar os 90 minutos.
Além desta modificação, o comandante da Cobra Coral recolou Augusto Potiguar no time principal, assim dividindo o trio de ataque com Pipico e Mayco Félix.
Mesmo jogando pelo empate para se classificar, o Santa Cruz adotou uma postura passiva no início do confronto. Parecia satisfeito com o resultado. Tanto que, em várias oportunidades no primeiro tempo, sequer pressionou o Operário para forçar o erro nas saídas de bola.
Sem mencionar o gramado dificultoso da Arena Pantanal, que tirava a velocidade da bola das poucas tentativas de ataque criadas. E só criadas pela equipe mato-grossense, que cercava o Santa Cruz. E mais nada. Prova disso é que, em 45 minutos, não houve um chute sequer ao gol. Salve a finalização errada de João Guilherme, que dominou de costas na entrada da área e tentou de bicicleta, mas furou o lance, por cima do gol. A única “oportunidade” em um primeiro tempo marcado pela improdutividade.
Segundo Tempo
De volta à etapa complementar, o técnico Itamar Schülle fez uma substituição: tirou Augusto Potiguar de jogo para alçar Jeremias, apesar de meio campo, no ataque. Mas foi o Operário, mais uma vez, que ficou à frente do Santa Cruz em imposição. Diferentemente do Tricolor, que jogava pelo empate para avançar à segunda fase da Copa do Brasil, o time mato-grossense precisou se expor mais ao ataque para vencer – e tentar a classificação.
E, se tivesse mais capricho no último passe, teria conseguido criar uma boa chance de abrir o placar na Arena Pantanal. Em lançamento na direita, Kaio Cristian levou a bola até a linha de fundo, ganhou da zaga do Santa Cruz, mas na hora de tocar na pequena área, William Alves interceptou a jogada.
O Santa Cruz, minutos depois, descontou. Em seu primeiro chute a gol do jogo. Fabiano dominou dentro da área, puxou para a esquerda, mas chutou por cima. Também sem aproveitar, os minutos finais é que reservaram maiores emoções. Vandinho, do Operário, cara a cara com Maycon Cleiton, chutou para fora. Depois foi a vez do goleiro prata da casal coral se arriscar e tirar dos pés do atacante do Operário. Querendo reagir, o tempo já tinha acabado. Ruim para o Operário, melhor para o Santa Cruz.
Ficha do jogo
Operário de Várzea Grande 0
Ygor Rayan, Igor, Marcão, Marlon, Caio Matias; Kaio Cristian; João Guilherme e Natan; Pilar (Kaio Felipe), Gil Mineiro (Vandinho) e Uálisson Pikachu. Técnico: Luiz Gabardo
Santa Cruz 0
Maycon Cleiton, Júnior, Danny Morais, Wiliam Alves e Fabiano; Bileu (Lucas Gonçalves), Paulinho (Ítalo Henrique) e Didira; Mayco Félix, Augusto Potiguar (Jeremias) e Pipico. Técnico: Itamar Schülle.
Local: Arena Pantanal
Árbitro: Ivan da Silva Guimarães Júnior (AM)
Assistentes: Marcos Santos Vieira (AM) e Anne Kesy Gomes de Sá (AM)
Cartão amarelo: Caio Matias (O), Paulinho (S), Augusto Potiguar (S), Maycon Cleiton (S), William Alves (S),
Público: 832
Renda: R$ 16.100