Alírio Moraes diz que Santa não tem estrutura para a elite e externa promessas não cumpridas;

Adaury Veloso Blg

13882292_1747084242196408_311211318014411052_nToda a direção do Santa Cruz esteve presente na coletiva de imprensa, na última terça-feira, que oficializou a saída do técnico Milton Mendes. Em clima de despedida, o treinador e a cúpula elogiaram uns aos outros antes do fim do ciclo de mais de quatro meses. Sereno como sempre, o presidente Alírio Moraes aproveitou para expor as dificuldades financeiras enfrentadas para o clube e revelou que por conta do orçamento limitado não foi capaz de cumprir o que foi prometido ao treinador. Foi justamente esse um dos motivos para o fim da relação com o comandante.
“Não conseguimos cumprir os nossos compromissos com ele porque tivemos que fazer uma readequação financeira. Coloquei que a gente tinha que adiar projetos. Hoje, chegamos à concordância que seria melhor paralisar o trabalho dele e criar uma outra lógica sobre o futuro do futebol”, contou o mandatário tricolor.
Com a cota de televisão bloqueada pela Justiça do Trabalho no mês passado, o clube ficou sem a sua principal receita. Desta forma, não pôde atender as necessidades do técnico Milton Mendes, que seguiu no Santa pelo profissionalismo da diretoria coral. “A retenção da cota de TV limita investimentos. Não temos cotas de outros clubes. Estamos na elite do futebol brasileiro, mas não temos estrutura de clube de elite”, lamentou o presidente Alírio Moraes.
O mandatário do Santa Cruz ainda elogiou a capacidade de Milton Mendes, que deixou o Arruda pela porta da frente. Para Alírio Moraes, o treinador foi o profissional mais competente que passou pelo clube durante a sua gestão. Além disso, enalteceu a boa relação da direção com o técnico.
“Posso assegurar que, na minha experiência de um ano e meio no futebol, ele é o treinador mais qualificado que esteve à frente do Santa. O profissional com quem eu mais me identifiquei. Aprendi sobre futebol, táticas, jogadores. Sinto-me lisonjeado em ter recebido o professor. Tinha certeza que ele ficaria até dezembro de 2017, no fim do seu contrato e do nosso mandato”, declarou.

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