ADAURY VELOSO =
O presidente do Conselho, Alexandre Carneiro, explicou a burocracia do estatuto do clube para aprovar os padrões de jogo; Com todo um significado importante e pertinente na atualidade, o Náutico lançou na última sexta-feira o seu mais novo uniforme na cor preta. Acompanhado da campanha “Vidas Negras Importam”, o enxoval foi abraçado pelos torcedores que esgotaram o primeiro lote em apenas quatro horas, depois do Timbu anunciar nas redes sociais. Porém a nova camisa não foi pauta na última reunião do Conselho Deliberativo, tendo essa burocracia como empecilho para usar o uniforme de forma oficial nas partidas.
Depois de liberar o uso da nova camisa nos primeiros 45 minutos do jogo contra a Chapecoense, o Conselho Deliberativo já tem data da reunião para discutir a oficialização do novo uniforme. Para o presidente, Alexandre Carneiro, o lançamento foi muito bem visto pelos torcedores.
“Será na primeira semana de outubro. A repercussão e aceitação foi e está sendo muito boa, imagino que será oficializado sim, mas precisamos esperar a reunião do Conselho”, disse.
O presidente do Conselho ainda explicou as exigências que o estatuto faz sobre os novos uniformes. Segundo ele, independente das cores usadas na composição da camisa, precisa passar pela reunião do Deliberativo.
“No estatuto do clube é exigido que passe pelo Conselho Deliberativo, mesmo que seja a primeira e segunda, no caso a listrada e branca, se fugir do padrão normal, deve passar pelo conselho. Quando se tem uma alteração no escudo o estatuto também exige que haja um acordo do deliberativo para que se possa ser usado a camisa de forma oficial”, explicou o presidente.
A repercussão envolvendo o apoio do Timbu no combate ao racismo já rendeu mais de 2 milhões de acessos no vídeo de lançamento da camisa, que contou com o ex-goleiro do Náutico, Nilson, vítima do preconceito jogando nos Aflitos, como protagonista.
O presidente do Conselho Deliberativo também comentou sobre a importância de saber o significado do lançamento para se tomar uma decisão na reunião. “Se explica o contexto todo, a coisa evidentemente muda de figura, existe todo o contexto do vídeo que pesa na decisão”, finalizou Alexandre. 
