Estrangeiros ganham espaço para substituir Tite

VELOSO ASS DE COMUNICAÇÃO no comando da Seleção. SELEÇÃO BRASILEIRA
Estrangeiros ganham espaço para substituir Tite no comando da Seleção
Com saída do atual treinador garantida após a disputa da Copa do Mundo, CBF vive expectativa pelo substituto. Principais nomes do país na corrida amargam momento de baixa e abrem margem para os estrangeiros. A alegria do início da caminhada da Seleção Brasileira rumo hexacampeonato da Copa do Mundo contrasta com a preocupação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em buscar um substituto para o técnico Tite. Em fevereiro, o atual comandante canarinho revelou que, independentemente do resultado no Catar, entregará a prancheta verde-amarela e encerrará o ciclo iniciado em junho de 2016, abrindo especulações a respeito de seu sucessor no cargo. Será que o momento pede uma atualização com a aposta em um profissional estrangeiro ou é melhor manter a tradição e optar por uma das pratas da casa?Embora tenha garantido não opinar na escolha do seu substituto, Tite demonstrou a preferência por um compatriota na sucessão do trabalho. Entretanto, qual professor brasileiro aguentaria a pressão da posição? Renato Gaúcho, Rogério Ceni e Cuca já tiveram os nomes especulados após a confirmação da saída de Tite, mas parecem ter perdido força nos bastidores da entidade e até mesmo entre os torcedores do país. Os desempenhos abaixo do esperado em 2022 os colocam no final da fila e abrem margem para novas alternativas.
Campeão da Libertadores em 2017 pelo Grêmio e finalista do torneio continental no ano passado com o Flamengo, Renato Gaúcho chegou a ser cogitado mais de uma vez para a função. Porém, a saída pela porta dos fundos do rubro-negro o jogou para escanteio.O comandante ficou 10 meses sem trabalhar e retornou ao Grêmio para a reta final da Série B. Até o momento, acumula quatro jogos, com duas vitórias e dois empates. Apesar do futebol gremista não empolgar, o objetivo de retornar à elite segue próximo.
A temporada passada de Cuca pelo Atlético-MG, com os títulos da Copa do Brasil e Brasileirão, o colocaram como um dos principais candidatos à sucessão de Tite. Porém, a pausa para cuidar de assuntos pessoais e a retomada no Galo podem tê-lo distanciado do posto.
Desde o retorno, acumula cinco derrotas, quatro empates e apenas três vitórias — aproveitamento de 36,11%. Nesse período, amargou, ainda, eliminações nas oitavas de final da Copa do Brasil e quartas de final da Libertadores. Nos pontos corridos, o sétimo lugar o deixa em dívida com a torcida.
O excelente início de carreira no Fortaleza credenciou Rogério Ceni como um dos mais promissores treinadores da nova safra do país. O caminho natural foi sair do Leão e buscar um grande clube. Após a breve e conturbada passagem pelo Cruzeiro, assumiu o Flamengo e conquistou o Carioca, Supercopa do Brasil e o Brasileirão.
Hoje, porém, o ex-goleiro parece ter perdido parte do prestígio. Na segunda experiência pelo São Paulo, tem aproveitamento de 55%, com eliminação na Copa do Brasil e títulos perdidos no Paulistão e Copa Sul-Americana. Nos pontos corridos, ele tenta guiar o tricolor para, ao menos, uma vaga na pré-Libertadores.
Dorival Jr.
Enquanto os comandantes tricolores cotados à Seleção estão em baixa, um rubro-negro surge no horizonte. Experiente, Dorival Júnior mostrou que sabe lidar com pressão e guiar trabalhos com excelência. O treinador de 60 de anos é o principal responsável pela ascensão flamenguista na temporada. De contestado no Brasileirão, o time ressurgiu para abocanhar as finais da Libertadores e da Copa do Brasil. Em 43 jogos, são 26 vitórias, oito empates e nove derrotas. Os números pela equipe da Gávea ajudam a devolver o respeito aos treinadores brasileiros em meio à constante chegada de estrangeiros.

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