Náutico vence mais uma contra Kevyn e segue aguardando

ADAURY VELOSO – Pela quarta vez o departamento jurídico do Náutico pôde comemorar mais uma vitória no caso que envolve o lateral Kevyn. A “novela” segue se arrastando após o jogador ter tomado a iniciativa de rescindir seu contrato junto ao clube, ainda no fim do mês de fevereiro. Nessa última tentativa, encerrada nesta terça-feira, o jogador teve um recurso negado por desembargadores.

“Depois que a gente conseguiu derrubar a liminar e o contrato voltou a ter vigência os advogados de Kevyn entraram com três mandados de segurança. Os dois primeiros fora extintos por erro processual. E o terceiro foi recebido, mas o desembargador negou. Dessa decisão do desembargador, os advogados interpuseram um recurso para o próprio tribunal. E um colegiado de desembargadores negou. Ou seja, manteve todas as decisões que foram favoráveis ao Náutico”, relembrou o representante jurídico do Alvirrubro, Bruno Becker.
Depois dessa sequência de insucessos, a defesa de Kevyn procurou o Náutico para uma negociação direta, sem mediação judicial, mas a proposta não foi recebida amigavelmente.
“O advogado fez uma proposta que eu julgo, no mínimo, indecorosa, que foi o atleta abrir mão de oitocentos e poucos reais, que é o saldo de salário que ele tem a receber, e que não venceu, e o clube abriria mão da multa recisória, que é entre quatro milhões ou quatro milhões e trezentos. Aí, óbvio que não aceitamos”, detalhou.
Com isso, o clube ainda está aguardando seu retorno aos treinamentos.
“Ele não vai poder se transferir para clube algum, e estamos aguardando a reapresentação dele. Espero que diante de mais essa derrota, os empresários entendam que não adianta insistir nesse caminho, e que façam com que ele se reapresente”, projetou com otimismo.
PODE FICAR DEVENDO 
Becker também pontou a chance de que “o jogo vire” e Kevyn passe a ser devedor. Isso, segundo ele, pode acontecer caso a multa diária – que ainda não teve seu valor estabelecido pela juíza – se acumule e ele continue se negando a aparecer. O Náutico, inclusive, esperava ter uma definição sobre essa questão da multa até o fim da semana que passou.
“Se ele não fizer isso (se reapresentar), vai ter agora uma multa diária estipulada para ele. Além da multa rescisória, vai ter mais um valor que ele vai dever ao clube. A multa de quatro milhões é caso algum clube queira tirar Kevyn do Náutico antes do fim do contrato. O clube que chegar lá e pagar a multa, leva. Se o CSA, ou qualquer outro clube, quer tirar o atleta, paga a multa. Disso não vamos abrir mão. Fora essa multa, existe um pedido no processo judicial que é por dia de não reapresentação de Kevyn. Se ele não se reapresentar, vai gerando um débito com o clube”, encerrou.

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