ADAURY VELOSO ;
Goleiro aconselha atletas que estão em rota de colisão com a torcida, diz que sofre igual a eles e acredita que também tem chance de ser sacado da equipe;
O nome de Magrão está no panteão dos maiores jogadores da história do Sport. Hoje, apesar da baixa do time na temporada, o goleiro está imune a críticas dos torcedores, que não perdoaram até mesmo nomes consagrados no clube como Diego Souza e Rithely. Mas o camisa 1 não se sente confortável com esse “privilégio”. Conta que sente também a pressão sofrida pelos companheiros. Presta apoio a eles.
“Fico chateado, porque são críticas aos meus companheiros. Mesmo eu não sofrendo críticas, a sensação que eu tenho a mesma das pessoas que são criticadas. Neste momento, a gente tem dar força, tem que dar confiança. As críticas vêm e melhor coisa que tem a fazer é dar confiança. Muitos acabam perdendo”, falou Magrão, um dos líderes do elenco leonino.
Para o goleiro, os jogadores que entraram em rota de colisão com a torcida não podem esmorecer. Não devem acreditar em todas as críticas que a eles são direcionadas. Deve filtrá-las para poderem dar a volta por cima. “Na nossa vida, a gente é elogiado, é criticado. Isso em todas as áreas. No futebol isso acontece mais do que nunca. Sempre que tiver crítica, claro que fica triste, mas não pode baixar a cabeça e achar que você é aquilo tudo que os outros estão falando”, aconselhou.
Além de mau avaliados pelos torcedores, muitos titulares do Sport também vivem a iminência de perderem as sua vagas na equipe, algo que o treinador Vanderlei Luxemburgo sinalizou após a goleada por 5 a 0 sofrida para o Grêmio. Sem querer mostra soberba, Magrão se coloca nesse bolo. “Talvez até seja eu (substituído), mas o pensamento é de voltar a vencer.” A retomada das vitórias pode ser no próximo domingo, quando o Rubro-negro recebe o Avaí, na Ilha do Retiro.
