Presidente da Liga do Nordeste pretende conversar com a diretoria do Sport;

ADAURY VELOSO ;

Alexi Portela lamentou a ausência do Leão na edição do próximo ano;

São Luis do Maranhão (MA) – Mesmo sem estar presente na Copa do Nordeste do próximo ano, o Sport foi o principal assunto antes do sorteio dos grupos, que acontece na noite desta sexta-feira, em São Luís (MA). Por divergências com a Liga do Nordeste, o Leão, atual vice-campeão da competição e dono de três títulos, abriu mão da disputa de 2018, fato que foi bastante lamentado pelo presidente da Liga, Alexis Portela. O dirigente, no entanto, já adiantou que pretende ter uma conversa nos próximos dias com o presidente rubro-negro, Arnaldo Barros, para tentar um entendimento e ter o clube pernambucano de volta na edição de 2019.

A partir da próxima edição, Pernambuco, assim como a Bahia, terá duas vagas garantidas pelo ranking de clubes da CBF, com a terceira vaga sendo oferecida ao campeão estadual. Com isso, o Sport tem sua presença assegurada em todas os próximos regionais. Nos demais estados, são duas vagas oferecidas. Uma para o campeão local e outra pelo ranking.
“Nós sempre vamos conversar com os clubes. Nós não conversamos ainda com o Sport em relação a isso porque está tudo muito recente. Mas claro que vamos conversar e tentar demovê-los dessa situação. Espero que o Sport reveja essa posição. É interessante para todo mundo ter o Sport de volta”, destacou Portela, que afirmou ter boa relação com os cartolas leoninos.
“Eu não posso falar pelo Sport. Mas fico triste pelo posicionamento. Sou amigo do Arnaldo (Barros) e do Gustavo Dubeux (vice-presidente), uma pessoa que tenho um carinho muito grande. Uma das primeiras que conheci no futebol. Se eles acharam que isso foi o melhor para o Sport a Liga não tem o que achar. Mas é uma pena pois trata-se de um grande clube do futebol brasileiro”, pontuou.

Presidente rebate argumentos do Sport

Alexis Portela também refutou um dos argumentos usados pela diretoria do Sport para abrir mão da Copa do Nordeste de que a Copa do Nordeste não gera a receita esperada. E lembrou que desde a primeira edição, a receita total do torneio passou de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões.
Este ano também pela primeira vez haverá uma divisão de cotas na primeira fase, com subgrupos recebendo R$ 1 milhão (caso do Santa Cruz) a R$ 750 mil (exemplo do Náutico, que acabou entrando no torneio após a desistência do rival e disputará uma fase classificatória com o Itabaiana). O campeão receberá, apenas pelo título, sem somar as fases anteriores, R$ 1,5 milhão.
“Se o valor é justo ou não é o valor que nós conseguimos no mercado. Eu sempre quero mais para os clubes, mas em cinco anos tivemos 200% de aumento em cima da receita bruta. Com relação à receita líquida, de premiação dos clubes, no primeiro ano foram distribuídos R$ 6,8 milhões. Para 2018, será de R$ 23 milhões. Um aumento de 238% de premiação. Além disso, os clubes não têm um centavo de despesa. Passagem, hospedagem e alimentação é tudo pago pela Liga. O valor é pequeno? Mas eu pergunto quanto os estaduais pagam para os clubes, com praticamente os mesmo número de jogos?”, questionou.

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