Alegando, mais uma vez, a insatisfação com a demora da diretoria tricolor por contratar reforços, Itamar foi curto e grosso, como em muitas vezes apresentou-se desde que chegou à Cobra Coral. Dessa vez, o técnico revelou já ter pensado em sair do clube e, além disso, foi categórico ao afirmar que não vai servir de escudo para as críticas. E em situações que fogem ao seu alcance.

“Futebol é assim. Sempre estoura isso no treinador. E se as coisas acontecerem, maravilha. Se não acontecerem, não vai ser eu que vai ficar atrapalhando o Santa Cruz. Já pensei em sair até antes de hoje. Eu previa que isso ia acontecer. E vai continuar acontecendo. Os atletas que vão chegar não eram para amanhã, eram para hoje”, bradou.

Além disso, Itamar Schülle também disse que conversou com o executivo de futebol do Santa Cruz, Nei Pandolfo, discutindo sobre isso. E fez questão de dizer que ‘nunca vai trabalhar em um clube só pelo salário’. “Você acaba queimando os jogadores. Eu sou culpado? Eu sou o culpado. Mas estou fazendo o que posso. Tive uma conversa interna com Nei Pandolfo, com o presidente. Não estou trabalhando aqui para só pensar no meu salário. Se as coisas acontecerem, vai ser bom para todo mundo. Se não, o primeiro a sair vou sou eu. Não vou ficar aqui de escudo, tomando pancada por coisas que estão fora do meu alcance”, destacou.

No entanto, apesar de insatisfeito, o comandante coral afirmou que não tem nenhuma decepção por ter escolhido treinar a Cobra Coral, e enalteceu, mais uma vez, a doação dos jogadores. “Não tenho decepção porque é um time que treina, os jogadores estão de parabéns pela luta. Ao clube, vejo um clube grandioso, a torcida contagia, é algo que nos emociona e me engrandece como o treinador. Mas o que me deixa triste é ver como está o momento do Santa Cruz,e pode estar em outro momento e tem condição para isso. Temos que melhorar essa construção o mais rápido possível”, finalizou.